Informações:
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"Um encontro semanal com cinquenta minutos de duração
para que a pessoa expresse elementos dos 40 anos de idade que possui?
Como a pessoa consegue testemunhar quatro décadas de vida em poucos
minutos semanais? Isso se torna plausível mediante a edição.
Editar significa que a pessoa escolherá entre tudo o que
viveu o que para ela tem relação com as questões em andamento na
clínica. Algumas pessoas escolhem falar sobre o que dói, sobre o que foi
marcante ou importante, sobre o que imaginam ser uma informação
pertinente aos trabalhos.
De acordo com a edição que a pessoa realiza sobre sua
historicidade de vida, às vezes o relato se distancia muito do que de
fato existiu, do que de fato existe no cotidiano desta pessoa. Um
exemplo: o que aconteceria se uma edição exigisse que Dom Casmurro fosse
apresentado em apenas 10 páginas? A pessoa pode não conhecer a dimensão
de distâncias entre o que narra e o que houve, ainda que as proximidades
decimais dificilmente ocorram entre narração e fato.
Um alento importante é que muitas coisas em consultório
não dependem da extensão do texto ou de sua edição. Mas quando a edição
é fundamental, compete muitas vezes ao filósofo ajustar os elementos
historiográficos da edição à vida da pessoa.
O modo como a edição que a pessoa realiza é apresentada
pode ser parte das questões essenciais; algumas ausências, confusões,
desencontros do texto podem ser importantes para que a pessoa lide com
temas dolorosos ou difíceis.
Observe se você se identifica com a sua história de vida.
Ela explica quem é você, ela fornece um testemunho adequado sobre a sua
existência? Ou sua história de vida pouco tem a ver com a sua alma, o
seu coração? Há caminhos de conciliação, de acertos, de buscas,
geralmente.
A vida que vivemos, preste bem a atenção, pode ser uma
edição? Vivemos o que escolhemos como importante, possível, adequado etc?
E esta edição tem a ver conosco de fato?
Quais os indícios que mostram que a edição que uma pessoa
apresenta dos fatos, do que viveu, de sua vida, tudo isso em
consultório, pouco tem a ver com ela ou que apresenta apenas uma
caricatura da pessoa?
Alguns indícios: desajustes e inadequações, sentimento de
estar fazendo ou sendo algo esquisito do que de fato deveria ou poderia
ser, desencontros, texto pontuado de contradições no enredo, alienações
de si mesmo, etc. A pessoa pode não se identificar com o que diz dela
mesma, sua própria palavra se deprecia."
Lúcio Packter
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HISTORICIDADE
Filosofia Clínica
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os caminhos existenciais |
19 de abril,
sábado
08h00 –
credenciamento
09h00 – Apresentação
Márcio José Andrade,
prof. titular em Campinas
9h30 - Elementos de
identificação que surgem em Historicidade
parte I
Lucio Packter
10h30 – intervalo
(café)
11h00 - Elementos de
identificação que surgem em Historicidade - parte II
Lucio Packter
12h30 – almoço
14h00 - Elementos que
surgem por indicações indiretas
parte I
Lucio Packter
15h30 – intervalo
(café)
16h00 - Elementos que
surgem por indicações indiretas
parte II
Lucio Packter
20 de abril,
domingo
9h00 - Inferências a
partir dos elementos fenomenológicos
parte I
Lucio Packter
10h30 – intervalo
(café)
11h00 - Inferências a
partir dos elementos fenomenológicos
parte II
Lucio Packter
12h00 - almoço
13h30 – Questões
relativas ao temas
Lucio Packter
14h30 – Apresentação
Isabel Cristina -
professora titular em Poços de Caldas
15h30 – intervalo
(café)
16h00 – Apresentação
prof.ª Elizabeth
Alves - coord. Equipe Filosofia Clínica
Belo Horizonte
17h00 -
Encerramento
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