Correio Braziliense

Brasília, 02 de abril de 2002

Filósofo... uma pessoa eternamente dedicada às leituras, que passa a maior parte do tempo refletindo sobre questões existenciais, predestinado a questionar tudo, sendo taxado muitas vezes de chão e que, profissionalmente, acaba em salas de aula das Universidades ou do ensino médio. Isso é, no mínimo, um perfil limitado de um profissional que tem possibilidades crescentes em diversos setores da sociedade.

“Os filósofos tendem a voltar à cena”, diz a professora de Filosofia da UnB, Ana Miriam Wuënsch. Segundo ela, a capacidade do filósofo de olhar os fatos de forma pormenorizada, levantar contradições e buscar ums visão total dos assuntos faz com ele seja útil para  praticamente tudo aquilo que interessa à sociedade.

Em países anglo-saxões, de acordo com Ana Miriam, é comum que filósofos sejam contratados para conselhos de ética em hospitais, empresas e, principalmente, legislativos. “Essa cultura começa a chegar ao Brasil”, antecipa.

Mas um recente filão profissional que tem crescido muito é a Filosofia Clínica. A atividade, controversa entre psicólogos e filósofos tradicionais, é um tratamento semelhante à análise.

“Não procuramos patologias na cabeça das pessoas. Tentamos lidar com as angústias através da historicidade das pessoas”, explica a filósofa clínica Olga Hack, que atua na área em Brasília. 


Onde estudar no Distrito Federal

Universidade de Brasília – 15 vagas por semestre

Universidade Católica – 40 vagas por semestre

Instituto Educacional do Centro-Oeste – 50 vagas por semestre