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			Querido colega, 
			
			
			Hoje o tema tratará da comida.   
			
			
			Na Escócia a comida começa pela bebida. 
			Uísque, primeiro. Depois as cervejas. Eu sei que você já deve ter 
			ouvido falar que nas ilhas inglesas, entre gauleses, irlandeses e 
			escoceses a comida não tem graça nenhuma. Esta impressão decorre 
			geralmente do fato de se comparar coisas fora de contexto. A comida 
			escocesa é perfeitamente ótima na Escócia, mas ficaria muito 
			estranha na Itália.  
			
			
			Quando pela manhã nos oferecerem um 
			mingauzinho salgado, um arenque defumado, isso fará todo o sentido. 
			  
			
			
			Tudo na Escócia parece diferente, a comida 
			também. Se você aprecia conhecer culinárias, prove um haggis, 
			típico, estomago e fígado de carneiro com pimenta, noz, nabo. Eu não 
			como isso, que em nosso linguajar não passa de bucho, mas respeito. 
			É o prato mais tradicional naquele país.   
			
			
			Na Escócia come-se muita carne: mexilhões, 
			peixes, salmão, Angus (boi), truta, cordeiro. O restante gravita em 
			torno disso. Mas à aveia é destinado um capítulo separado, pois 
			quase tudo, de bolinhos a pães assados, traz aveia. Haggis, aquela 
			salsicha, tem aveia.  
			
			
			Quando contornarmos Stirling e subirmos em 
			direção às Highlands encontraremos carnes de caça. Bem, é verdade. 
			Perdizes que piam enquanto catam grãos são um prato; aves silvestres 
			outras também.  
			
			
			Para o apaziguamento de gente feito eu, há 
			muitos vegetais, sementes, raízes, amendoins. 
			
			
			 O essencial sobre a comida na Escócia não é 
			tanto ela em si mesma, mas a situação que a acompanha. Em Israel, na 
			Itália, na Grécia um jantar se justifica pelo próprio jantar, não é 
			preciso um outro motivo. Na Escócia o motivo vem antes, as 
			conversas, a degustação da bebida. O escocês basicamente come para 
			viver e não vive para comer. Há muitos atrativos na Escócia, da 
			geografia à poesia, e a culinária precisaria ser algo espetacular 
			para ganhar destaque entre tantos.  
			
			
			Um abraço, 
			
			
			Lúcio 
			
			(23 de  maio de 2011)  | 
            
			 
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